terça-feira, 17 de janeiro de 2012

"A fé sem obras é morta."

Não quero converter ninguém, nem tenho a intenção de pregar, estava apenas observando como nossos atos geralmente são distantes da nossa fé, da nossa ideologia, dos nossos ideais, enfim, daquilo que acreditamos. Seja o que for. Recorro a um texto religioso porque, honestamente, é com o que mais me sinto a vontade, pelo menos sobre esse assunto, e porque foi dele mesmo que lembrei um dia desses, pensando sobre a vida... Mas isso não é sobre religião, é sobre pessoas, sobre nossa forma de agir, sobre nossas contradições...


"Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vos lhe disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhe derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras." (Tiago, 2:14-18)


É interessante isso: "eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras". Para os cristãos, como eu, a fé é essencial, isso é indiscutível. Mas, infelizmente, muitas pessoas acham que crer (ou apenas dizer que crê) é suficiente. O próprio Tiago ironiza dizendo que os demônios também creem em Deus, "e estremecem". 


A questão, no meu entendimento, não é que as obras são mais fundamentais que a fé, mas que a fé TEM que se exteriorizar nas obras. Aquilo em que você acredita tem que se exteriorizar em tudo (ou quase tudo) que você faz. É aquele lance: como pregar o amor e a caridade, mas não mover um dedo contra a miséria escancarada todos os dias aos nossos olhos? Como pregar a fraternidade, mas apoiar a violência? Ou se calar perante ela? 


Tá certo que é muito difícil praticar totalmente aquilo que você prega, mas às vezes, muitas vezes, eu não vejo sequer um esforço das pessoas nessa direção. Tem muita gente que talvez nem percebe esse abismo entre as duas coisas. 


Tinha um comercial da Coca-cola que dizia que "Os bons são maioria". Isso mesmo é que assustador, porque mesmo que os bons sejam maioria, o mundo ainda é uma merda. 


Bom, não tenho a utopia de que um dia conseguiremos transformar o nosso mundo em um lugar perfeito, sem injustiça, violência, etc. Mas tenho a certeza de que podemos fazer dele um lugar um pouco melhor, se nos esforçarmos um pouquinho mais pra praticar o que pregamos.


A fé é essencial, mas sem obras ela é morta.
A ideologia é o que nos move, mas sem atitude ela é morta.
A indignação é o primeiro passo, mas sem protesto ela é morta.


Não é morta porque não existe, mas porque não gera resultado nenhum.
E, já que estou usando linguagem religiosa mesmo, a árvore que não dá frutos só serve para ser queimada; o sal que é insípido não serve mais pra nada.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Feliz 2012!!

‎"Feliz ano novo!!"

"Tudo de bom!!"

"Eu te amo!!"

"Que Deus te abençoe!!"

"Que você seja muito feliz!!"

"Você é muito especial!!"

"Nunca vou te esquecer!!"

Tudo um monte de frases feitas, clichês... Frases que algumas pessoas, realmente, muitas vezes falam só por falar. Mas nem por isso esses clichês deveriam perder o valor: desde que seja um desejo sincero, pouco me importa se é com frase feita ou com palavras bonitas e criatividade...

Então, que todos nós tenhamos um EXCELENTE 2012!!